Às vezes, o silêncio prenuncia
Suavidades ou fúrias, entropias,
Mudanças de ritmo ou de rota,
Transfigurações, sensações, sinfonias...
Às vezes, o silêncio adivinha
Novos movimentos, encantos ou vozes,
Reafinação do caos, do corpo, da alma,
Reconfigurações no cosmos, arroubos velozes...
Às vezes, o silêncio pressagia
Eclipses solares, chuvas, semeaduras,
Pinceladas divinas num jardim lylás,
Manhãs iluminadas ou noites muito escuras...
Às vezes, o silêncio prelude
Rufar de asas, árias de sereias,
Nascimentos lunares, sons de alaúde,
Danças no mar-cobalto, bailados nas areias...
Às vezes, o silêncio anuncia
Encontros musicais, finais, vitais,
Outros vôos e ventos, reuniões ou rompimentos,
No túnel do tempo sem fim, viagens espirais...
10 comentários:
Fantástico o seu prelúdio... como tudo que vc escreve!
Bem que eu gostaria de saber quem é o/a autor/a destas amáveis palavras...
Gostaria mesmo?
Quem sabe um dia... vamos aguardando por enquanto, pode ser?
Grande abraço!
Aí vai uma dica:
Gosto de amar platonicamente!
Parece que sofro bem menos!!!
Hummm...Eu prefiro amar PLENAMENTE: entre dores e prazeres, está a fresta, o portal, o caminho que nos conduz aos abismos e céus interiores e exteriores, está o segredo de descobrir mundos novos e reinventados, a própria salvação...
Quem sabe, dia desses, também descubras este sumo, o sabor do saber amar, sem medo!!!
Sua conjugação da arte com o sonho e com a realidade é perfeita e me fascinam!
Vc acha que no platonismo não se consegue amar PLENAMENTE? as dores e prazeres estão igualmente presentes! Agora tenho que concordar com você... quero descobrir este sumo, o sabor do saber amar, sem medo!!!
Acredito que amar platonicamente pode ser o átrio de entrada para um amor pleno... um passo de iniciação... antes de uma entrega inteira...
Aí vai uma dica:
"Amar significa aceitar um compromisso sem ter garantias, quer dizer, entregar-se completamente na esperança de que esse amor gere amor na pessoa amada. O amor é um ato de fé."
(Erich Fromm)
...e sempre é tempo de atravessar o portal, não há idade certa, a não ser, o momento ideal para cada um... o de aprender a voar!
(certamente, adorarás descobrir o sumo!... Ninguém é o mesmo após ter visitado o paraíso algum dia...)
...De fato, amar platonicamente pode ser a passagem, a visão do portal, o prelúdio...
Hummm... vejo que acabou concordando comigo!!!
Valeu!
Abraço!
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