Exercícios poéticos, apaixonados e patéticos: pequenos mergulhos e vôos, para compartilhar...

16 de jan. de 2008

Reinvenções Róseas


A vida se refaz e reluz
a cada sorriso e manhã
a cada captura e vôo
a cada libertação
dos olhares, das linhas, da luz
se desfaz e russurge, vivaz
a cada reinvenção
dos matizes, sentidos, da cor
a vida renasce e seduz...

(Ana Luisa Kaminski)

.........

Ouço a tua música
invisíveis acordes
que tocam no meu corpo
trêmulo e dissonante

tempestades.

loucura de pedra
lavada na chuva
molhada de lua
e desbarrancada no rio

liquefiz.


(Maria, do blog "Retalhando-Maria".Ver links ao lado.)


Imagem: "Confluências Rosadas". Pintura de Ana Luisa Kaminski

32 comentários:

Lady Vania de Tróia disse...

Ana Luz,
Todas as Reinvenções tuas, em todos os tons e matizes tem o perfume de Infância inacabada, bosques sabáticos, lanternas e pirilampos....Assim os vejo e lei-os como o lume de pirilampos,na cor rósea, como segredos que sondam nossa alma,correndo pela artéria mineral.

Celebro-te, fada de todas as cores.

Maria disse...

Olá caríssima Ana !!!!

andei um pouco afastada devido as festas de fim de ano e viagens, mas agora estarei atualizando minhas visitas por estas casas tão acolhedoras !!! Quanto a colocar a poesia aqui...nossa...pra mim é uma grande alegria e satisfação mesmo !!! Um ano de muita luz e todas cores pra vc !!! Grande beijo

Mónica disse...

Hola ana... mi primera visita a tu blog... me encantó.

Que bellos poemas!!!

Beijho pra voce...

. fina flor . disse...

adoro roseos.........

beijos e bom começo de ano, querida

MM.

Lidia M. Domes disse...

Qué bellas son tus pinturas!!!

Lidia

Héber Sales disse...

eu acho que a arte é isso mesmo, ana - um pré-texto para a imaginação e para a (re)invenção da vida.
um beijo.

Mucha disse...

Bello blog, abrazos desde mí

enten katsudatsu disse...

Illuminnati vocês. Illuminatis...

Iluminadas.

Faísca risco pintura fagulha rabisco risco.

Abraços e beijos procês.

Cássio Amaral.

Anônimo disse...

Seria tão legal que os comentários fossem acompanhados de filminhos...assim vocês, Ana e Maria, veriam esse sorriso que não tem jeito de sair do meu rosto...saibam que vocês conseguem me reinventar...
..tudo em vocês, como já dizia o poeta, é divino e maravilhoso..
Bjs...

Bjs...

Anônimo disse...

Analuka, está tudo lindo e harmonioso por aqui! E acho que Héber disse tudo!

Beijos, querida, muitos!

Joan Pinardell disse...

Que bella la pintura... y los versos tamnbien... excelente Ana...lleno de imaginación y de sutilidad...
maravilloso simplemente
eso es
abrazos

Leila Andrade disse...

E vem daqui esta chuva rósea nos molhando a alma, reiventemos sempre!!
Beijos, bela.

Fabrício Brandão disse...

Ana querida,

Tenho apreciado bastante as reuniões poéticas que promoves aqui. Gosto quando a regra maior aponta para olhares sensíveis de vida.

Beijos e saudações também à Maria poeta!

Letícia Losekann Coelho disse...

Ana Poeta,
Lindíssimas tuas letras! Adorei a intensidade e o ritmo dos teus versos!!
beijos

www.esperasesperas.blogspot.com

Tania disse...

Querida Ana,

Que bom é, num dia como o de hoje, quando se olha pela janela e as nuvens estão tão pesadas e cinzentas, poder esconder-me um pouquinho neste espaço de formas, cores e palabras que acariciam a alma.

Obrigada pela sua arte.

Um abraço grande.

Regina Ramão disse...

Ana:

Cheguei até aqui através do link do seu blog lá no "enten katsudasu".

Parabéns pelo talento!

Só Magui disse...

Ficou bom.
http://somagui.zip.net

yuri assis disse...

a vida se refaz em cada instante-já. :D

Luciana Marinho disse...

rs encontrei Analuka no "Fluxos Poéticos", entre Jacintos, e fiquei saudosa daqui. Como é bom me
sentir, de vez em quando, nas mãos de vocês, poesias vivas.

beijo grande.

dade amorim disse...

Ana querida, volto das férias dia 1º, mas já está dando para postar e comentar, felizmente!
Como sempre, muita coisa boa por aqui!
Beijo grande.

Lau Siqueira disse...

às vezes penso que venho aqui quando sinto que preciso me reinventar. E a sensação que tenho é que esse é o meu cotidiano.
beijos!

devaneiosaovento disse...

Ana

Sempre me encanto com suas cores
é um prazer poder desfrutar de tanta luz e nuances
abraços

livia soares disse...

Muito bonito, Ana.
Agora também com palavras...
Um abraço.

O Profeta disse...

Reiventas a magia das formas com a alquimia das cores...


Doce beijo

Andréia Carvalho disse...

Você é uma fada, mesmo. Na arte imagética e na poética. A percepção fica encantada ao ver teus trabalhos.

Abraço e estrelas.

celia.musilli disse...

Oi Ana, adoro seus rosas e seus azuis... Estive viajado, voltei agora. Um beijo, saudades de vc...

O Profeta disse...

Os pesares dividem as marés
A idade do ouro ainda tarda
Os anos passam como gotas varridas
Por um tempo que retrata o nada


Convido-te a saborear um absinto no meu espaço
pela Taça de Fino Ouro


Boa semana



Mágico beijo

Jacinta Dantas disse...

Vejo-me inteira no verso
"A vida se refaz e reluz"
Penso que é o mistério da vida,
que, mesmo se revelando, continua... Mistério.
Um beijo
Jacinta

Vera Basile disse...

Oi Ana!!! Essa sua tela é linda demais!
Adorei seu poema e a surpresa de encontrar as palavras tão bem colocadas de Maria!
Um grande beijo pras duas!!

Anna Lu disse...

Essa junção de Poesias é um respirar suave em brisa matutina um sorriso pra Vida, entre as notas musicais que invadem o corpo e vibram pelo Amor que renova-se a cada Manhã...

beijos poétikcos

Amor amor disse...

Quando venho aqui, sinto-me dentro de um bosque encantado...lindo demais!!!

Beijos doces cristalizados!!! :o*

Anônimo disse...

Clarice Lispector (Trinta Anos de Mortevida)

Clarice Lispector era triste na sua libertação por palavras
Pois era inacabada como um parafuso sem roscas ou fenda
E era triste como Sylvia Plath, Hilda Hist ou Joan Baez
Porque tinha pertencimentos de desventuras feito peixe

Clarice Lispector era selvagem como um lustre clandestino
Tinha lá sua porção esconderijo de porões a sótãos
E escrevia como um liquidificador trucidando ojerizas
Á vida, ao horror da vida; talvez até a ela mesma

Clarice Lispector via coisas que nenhuma alma sã via
Porque ela sentia e captava como um mata-borrão
Então escrevia cenários - de cloacas a horizontes
Até porque o húmus do mundo é um calvário letral

Clarice Lispector punha a alma nau no cuorador
E apanhava sentenças de destilar seu vinho-verbo
Tinha intimidades com o espírito que ronda o abismo
Era estrangeira de si mesma e por isso se desnu-dava

...................................................................................

Clarice Lispector punha tensões nos seus paradigmas
E se ensaboava vítrea na outra realidade advinhada
Era uma vida substituta dela própria ao se escrever
Que ao substituir-se desagregava a agonia e o êxtase

Deus tenha piedade
De Clarice Lispector
Assim na terra como no céu
Em seu inferno particular
De escrever a íntima paleta silencial
-0-
Poeta Professor Silas Corrêa Leite
Estância Boêmia de Itararé-SP
Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor, CRE-Centro de Referência em Educação Mário Covas, São Paulo-SP
Especialista em Literatura na Comunicação (USP)
Autor de Porta-Lapsos, Poemas, 2005
E-mail: poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm