Exercícios poéticos, apaixonados e patéticos: pequenos mergulhos e vôos, para compartilhar...
3 de jul. de 2008
Intervalos
Pinga sobre o papel uma gôta do tinto que bebo tentando atenuar a tristeza... mancha e colore a página, onde traduzo emoções, e vai tingindo, também, pensares, sonhos, sentires... Penso sobre as almas humanas, inquietas. As almas humanas sedentas e desejantes, sensíveis e insensíveis, alopradas. As almas alucinadas, as almas iluminadas... e onde está o intervalo, o interstício invisível entre desejo e medo, azul e alizarin, entre pleno e vazio de sentido?... Suave e sutil diferença, desvão, entre epifania e delírio, alucinação e visão...Contraste crucial entre agonia e gôzo! Entre loucura e lucidez, onde está o limite, e qual será o limiar da paixão, no apetite vital que nos move?... Onde, o segredo da luz?...
Imagem: Pintura "Violinos Oníricos", de Ana Luisa Kaminski
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8 comentários:
Analuka, tenho andado tão sem tempo de ver e rever os amigos! Saudade de você e desse ambiente onírico que você mantém no Ânkoras & Asas.
Beijos carinhosos.
Ana...saudade daqui...pois é, acho que a busca deste limite é que nos faz seres criadores, acho mesmo que a pergunta, em si, já é uma espécie de limite, sem respostas a gente pára e fica se equilabrando ou resolve apostar e se deixa cair...
Gostei da tonalidade e dos elementos da sua pintura...aliás, adoro teu traço...diz uma coisa posso escrever sobre uma tela sua?
Fique bem...
Bjs!!!
A luz,é o suor do tempo esperando o momento ao relento de todos nós.
Abraço deste lado do mar.
jalves
Fada não pode ficar triste, sua pintura vai além deste mundo, muito, mais muito além.
Sei que se o som de um solo de guitarra, tocada por mestres, partem o corpo.
O som do violino, racha a alma.
Abraços.
taí - que invejo quem tem talento com os pincéis! mui belo!
Com que facilidade você vai pintando as letras com esse tinto, que, naturalmente vai caindo sobre o papel, fazendo tênue todas as linhas que se colocam na contradição dos sentimentos.
Beijos
Segredos de luz jamais podem ser decifrados a olho nu. Resta-nos, então, andanças embebidas nas alamedas misteriosas da alma.
Beijos, querida!
Analuka, Fada da Luz...
...E dentro da bruma voam borboletas multicores.
dentro do a(amar), voce!
Celebro-te.
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