Exercícios poéticos, apaixonados e patéticos: pequenos mergulhos e vôos, para compartilhar...

7 de jun. de 2006

Doidiv-anas


Deixar verter este afeto sobre a textura da tela, desaguar em inundações de sonhos, correr em teus e meus rios, cachoeiras, cantantes ou risonhos ribeirões... deixar o amor molhar os mares no azul-turquesa, nas ondas dos eus reinventados, nos caminhos tantas vezes tecidos, tingidos, nos fios desemaranhados, trançados, realinhados, nos nós que nos confundem, misturam, entrelaçam...
Muitas vezes mortificada, metamorfoseada, incessantemente renascida, deixo-me escorrer, doidiv-anas, transformada em tintas coloridas, deslizo em pinceladas fluidas, manchada e desmanchada em luz e sombra, opacidade e transparência, revivo em viagens trans-lúcidas ou lírikos delírios... conduzindo as águas de minh´alma abissal pelos desfiladeiros e labirintos íntimos até encontrarem novos lugares em desenhos de asas e espirais, olhos e caracóis, conchas e pergaminhos, abrindo outros caminhos por onde possa transitar livremente esta emoção...

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo tão maravilhoso como uma borboleta aprendendo a tirar os pés do chão só para voar mais alto...Mais longe...